sábado, 5 de dezembro de 2009

O GARRANO (BIODIVERSIDADE)

O Garrano é uma raça com origem em Portugal Continental, mais correctamente nas serranias agrestes do Norte, utilizadas desde há muitos séculos como animal de carga e trabalho. Devido ao seu tamanho é considerada um pónei.

Habita actualmente em estado semi-selvagem nas zonas da serra do Gerês e da Cabreira, tendo em tempos habitado o Minho e Trás-os-Montes donde é oriundo. É uma raça protegida devido ao risco de extinção a que esteve sujeito até há pouco tempo. Hoje o “Garrano” encontra-se não apenas no meio selvagem mas também na posse de alguns criadores particulares, que actualmente já vêm a aumentar o seu número devido às características do cavalo (dócil para com as crianças, inteligente, trabalhador, de fácil treino). Em liberdade, a manada de Garranos é constituída por um harém de fêmeas e um único macho adulto, que defenderá o seu grupo de qualquer intruso, seja ele outro cavalo ou mesmo um lobo, que enfrentará para proteger as crias que possam existir.

Contudo é verdade que não é muito alta a natalidade e a sobrevivência de crias nesta raça, nas condições descritas.

Além de animal de tiro também tem aptidão para sela. É também utilizado no Norte de Portugal como cavalo de corrida onde é muito admirado. Esta espécie de cavalo é ainda hoje utilizada num tipo de corrida de cavalos muito peculiar e muito popular no Minho e Trás-os-Montes. Trata-se da corrida em passo travado, ou somente travado. O Garrano mostra uma aptidão fora de vulgar para a aprendizagem e execução deste tipo de andamento. Apesar dele ter a força e a corpulência própria de um cavalo nórdico, embora não se conheçam quaisquer ligações que não sejam as ancestrais, quando do aparecimento da espécie.

A sua cor é o alazão, as suas crinas e rabada de cor preta e não ultrapassa o 1,35m e os 250Kg.

Já no Paleolítico foram feitas pinturas rupestres, onde hoje se pode confirmar a existência de um cavalo com configuração e estatura muito semelhante ao actual Garrano, sem grandes alterações morfológicas.

Talvez o facto de viver em liberdade tenha isolado esta espécie de outros cavalos, libertando-a de cruzamentos que poderiam ter alterado para sempre o seu futuro.

Pesquisa feita pelos alunos do Centro Escolar de Dem

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